• Tudo começou com o Colunistas, por Gustavo Bastos

    Alessandra Sadock e Gustavo Bastos

    O segundo convidado para escrever sobre sua história com o Colunistas é Gustavo Bastos, CEO da Onzevinteum, parceiro do Marcio ( Ehrlich ) de tantas campanhas da premiação e que soma alguns muitos Colunistas ao longo de sua trajetória profissional.

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    “Tudo começou com o Colunistas.

    Depois de alguns meses estagiando na Salles, hoje Publicis Brasil, meu tempo acabou por ali e graças à minha tia e madrinha Gilda consegui um segundo estágio na VS, do Lula Vieira e do Valdir Siqueira.

    Depois de alguns meses fazendo dupla com o Manolo, primeiro espanhol da Direção de Arte da minha vida (depois vieram o Petit, o Zaragoza e o Jordi Carreras) eu peguei um trabalho pequeno, mas muito legal de criar, em dupla com o Rogério Cavalcante:  a nova campanha da Rádio Cidade, fenômeno jovem do FM no Rio de Janeiro na década de 80.

    Fizemos uma campanha muito engraçada, que sacaneava a principal concorrente, a 98FM, que tocava músicas do Menudo, uma “boy band” latina popular da época, mas de baixíssima qualidade musical. A música de trabalho dos meninos do Menudo se chamava Não se Reprima, e nossa campanha tinha o título Não de Deprima.

    Muito simples e engraçada, espalhada pela cidade em mídia impressa, outdoor, busdoor, TV e rádio, claro, a campanha estourou, e pela primeira vez eu senti o que é a força da propaganda com ideia simples e criativa.

    Mas o melhor ainda estava por vir. Essa e outras campanhas foram super premiadas no Colunistas, meu primeiro prêmio da vida. Olhando hoje, acho que eu nem tinha a noção do que um prêmio como esse poderia fazer pela carreira de um jovem redator no mercado. Mas depois eu soube.

    Logo após essa campanha, fui contratado na VS como redator Jr a pedido do Haylle Gadelha, que chegou como Diretor de Criação na agência se reportando ao Lula. Lembro como se fosse hoje da festa de entrega de pêmios, daquela sensação mágica de ter o trabalho reconhecido por um júri e subir ao palco com a equipe da agência.

    Resultado da noite: VS agência do ano e eu, garoto recém chegado ao mercado, com 19 anos, o redator mais premiado da agência. Aquela noite foi como a hora zero pra mim da minha história profissional. Recebi das mãos do Marcio Ehrlich meus primeiros diplomas, desci daquele palco motivado a fazer mais e melhor.

    Semanas depois, o Marcio foi na VS e conversou comigo, elogiou meu trabalho e até me indicou para algumas agências, assim como o Paulinho Costa, redator brilhante com quem aprendi demais, que me indicou para a Artplan, onde fiquei pouco tempo, mas ganhei mais alguns prêmios Colunistas fazendo dupla com o Russo, que tinha conhecido na Salles e indiquei para o Fabio Fernandes e o Chico Abreia, Diretores de Criação da agência na época.

    Nunca mais parei de criar e de tentar fazer campanhas premiadas. Na MPM criei um filme que foi ouro no Colunistas (e ouro também no CCSP, na ABP, Clio, finalista do Profissionais do Ano e outros) que me levou para a DPZ, minha grande escola até hoje, e, alguns anos depois, ao criar a minha primeira agência, a BR3 (que depois mudou o nome para GR3), lancei na festa do Colunistas onde recebi meu prêmio de Profissional de Propaganda do Ano.

    Resumo da ópera desses anos todos é que tudo começou, continuou e continua com o Colunistas. Eu e Marcio ficamos amigos, criamos juntos e com o Diego Crisostomo muitas campanhas do Colunistas, fui jurado algumas vezes, coleciono prêmios todo ano, já entrei na lista do Rogério Steinberg várias vezes e mesmo assim até hoje, o sentimento daquela noite mágica, onde vemos os melhores trabalhos criativos premiados e os profissionais e agências reconhecidos, por todo o país, continua o mesmo.

    Semana que vem subiremos mais uma vez ao palco, eu e meus sócios Diego e Janice, para receber nosso Colunistas São Paulo, onde fomos uma das seis agências premiadas, junto com marcas como África Creatives, Almap/BBDO, Artplan, BETC Havas e DM9.

    Tenho certeza que o Marcio estará presente mandando aquela energia de sempre, que deixa a noite do Colunistas única e especial.

    Para mim, em particular, vai ser diferente sem ele, mas as homenagens que ele merece receber ocuparão um pouco do espaço que ele vai deixar vazio pra sempre. Que a noite da premiação desse ano seja tão inesquecível quanto esse meu amigo e companheiro de profissão tão presente na minha vida e tão importante para o mercado.

    Viva o Colunistas!”

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    Renata Suter

    Jornalista

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